quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Quando é que a Europa vai acordar?

Enquanto que nos EUA o Presidente Obama no discurso do Estado da União, veio assumir uma postura mais agressiva perante os dogmas neoliberais, por cá, os dirigentes europeus continuam a insistir na tecla da austeridade. Aliás, já temos personalidades consagradas do mundo da economia, como Paul Krugman e Joseph Stiglitz, a alertar a Europa que, a continuar este caminho, a União Europeia só vai conseguir cair cada vez mais na recessão e perder peso na geografia económica mundial.

O problema que se põe já nem é apenas o da solidariedade ou da falta dela entre os estados-membros, é que já estamos num ponto em que a própria economia alemã já está a dar a sinais muito claros de abrandamento, fruto da manutenção de uma política severa ao nível orçamental.

É verdade que esta semana já ouvimos falar a Chanceler alemã da necessidade de estimular o crescimento económico, porém, parece que pretende um autêntico milagre, uma vez que as medidas que preconiza para os parceiros europeus são a austeridade, o empobrecimento e a recessão!

É provável que isso seja motivado pelos dogmas ideológicos e do medo da inflação, é que para os neoliberais e os monetaristas, a primazia estará sempre na estabilidade de preços, desde que a inflação esteja abaixo dos 3% já não há motivos para alarme, porque depois o mercado funciona sozinho!

O problema está em que foi essa a mentalidade que nos levou a esta crise, a ausência de regulação, o mercado ter sido deixado à mercê das mãos invisíveis fez com que neste momento tenhamos um problema bem visível entre mãos, a recessão económica, com todos os efeitos nefastos que dai resultam: desemprego, desinvestimento, menos receitas fiscais para o Estado, e, para o caso português e grego, bem grave, a total incapacidade para pagar a dívida!

É urgente que a Europa acorde, e que tome medidas para pôr a economia europeia a crescer e salvar o Euro, mostrando ao mundo que o Velho Continente está vivo e de boa saúde para o século XXI!

É urgente que a Europa não se deixe enterrar pelo pensamento único e pelos seus dogmas!

Ontem já era tarde...

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