sexta-feira, 3 de junho de 2011

Os grandes exemplos da Comissão Europeia...

Cerca de 8 milhões de euros gastos em férias em países exóticos e festas! Então numa altura em que o Euro está pelas ruas da amargura, em que apontam o dedo para os países do Sul e a Irlanda, em que querem quase mutilar as economias destes países mais frágeis com taxas de juro bastante rigorosas, em que a solidariedade europeia está no limite mínimo, é este o exemplo que dão de rigor? A Comissão Europeia que tem como função ser a guardiã dos Tratados e por arrastamento, da própria União, em vez de nos dar o exemplo de rigor também faz destas? Então com que propriedade apontam o dedo aos países gastadores? É completamente verdade que os países do Sul e a Irlanda têm muitas culpas no cartório, não o nego! Mas, ao mesmo tempo que exigem sacrifícios de milhares de cidadãos inocentes por essa Europa fora em nome da estabilidade do Euro, andarem a gastar dinheiro da União em festas...

Disse alguém um dia e muito sabiamente:
"Quando apontares um dedo a alguém, lembra-te sempre que tens três a apontar para ti"

PS: O que aqui refiro não é um argumento a afastar as culpas dos países que, como Portugal, estão em situação muito difícil, mas sim para salientar que os exemplos têm que vir sempre de cima e que será isso que se exige a uma instituição de referência como é a Comissão!

Vamos dar um valente pontapé na abstenção!

As eleições estão aí à porta e ao mesmo tempo que peço a todos os leitores do blog que votem, que não fiquem em casa ou no sofá, gostaria de relembrar que quando nos encontramos perante o boletim de voto na cabine, nós temos nas nossas mãos os destinos do nosso povo e do nosso país (é certo que esta altura pode não ser bem assim). O que quero com isto dizer é que os cidadãos ao escolherem os seus representantes ficam co-responsáveis pelas suas acções, pelo que não adianta a conversa de "eles são todos iguais" ou "eles são uns corruptos", somos nós que votamos, eles não se auto-impõem, com todos os defeitos que uma Democracia pode ter, este não é, certamente, um deles! Além disso, a abstenção é o melhor amigo dos inimigos da mudança, se é certo que Portugal tem que mudar para melhor, que tal começar já por reduzir a taxa de abstenção para níveis mínimos históricos?
Se a economia e as finanças estão em crise, vamos mostrar que pelo menos a nossa Democracia não está!

Por tudo isto, vale a pena votar, não deixe que os outros escolham por si!