domingo, 1 de fevereiro de 2009

FreePort(ugal)

Que estamos em plena crise económica já é um dado adquirido, que Portugal já enfrenta um aumento da criminalidade, prevista pelo Procurador-Geral da República no final do ano passado também é verdade. Contudo, no decorrer deste mês de Janeiro surgiu ( de novo ) o caso Freeport que já ameaça com outra crise para Portugal, depois da chegada da crise económica, da crise social, provavelmente poderemos estar prestes a assistir a uma crise política. A existir, esta não se deverá pelas políticas do governo nem pelo apoio ou não a estas, mas sim por um caso já nosso conhecido em 2005 aquando das eleições legislativas e que agora regressa à ribalta. Assiste-se agora a um julgamento mediático de José Sócrates ainda antes de se se provar se o actual Primeiro-Ministro, na altura Ministro do Ambiente, teve alguma implicação em qualquer ilegalidade. Nesta situação considero que se aplicam as palavras proferidas pelo PM noutra ocasião quando disse que "poderia haver muitas outras razões para censurar o governo, mas esta não seria uma delas certamente", para o caso em análise julgo ser uma afirmação totalmente adequada, uma vez que se podemos criticar diversas opções deste executivo, não considero justo que se possa descer tão baixo em argumentação democrática e tentar deliberadamente retirar um governo eleito pelo povo através de factos ainda não provados. O PM como qualquer cidadão merece o direito de se defender daquilo que é acusado e se houver provas da sua culpa, então nesse caso sim a justiça deverá actuar, convém ainda não esquecer que este género de factos ( não sendo provados ), na minha óptica, apenas servirão para distorcer a verdadeira vontade do povo, fazendo com que esta se baseie em elementos que facilmente poderão funcionar como deturpadores da vontade real daquele, pois poderá ser aproveitado até pelo próprio governo em seu proveito, por via da vitimização. Qualquer situação destas é de se evitar, pois o exercício da democracia não é brincadeira nenhuma ( embora às vezes pareça ) e nós, portugueses, ao participarmos neste processo, temos que entender que somos nós quem tem o poder para escolher quem nos governa e que está tudo nas nossas mãos. Em suma, o que pretendo transmitir é, em primeiro lugar, que ninguém deve ser julgado sem provas; em segundo lugar, não devemos deixar que insinuações e boatos contaminem a nossa verdadeira liberdade, se achamos que o governo foi mau, trabalha-se pela mudança ( palavra mágica por estes dias ), se se entende que a política seguida é a correcta, aja-se em conformidade.

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